Dinheiro do Fundo Municipal de Saúde foi usado em Janeiro deste ano para pagar vigilante residente em São Paulo que confessou participação no esquema desde 2019.
Caiu como uma bomba a confissão feita nesta última semana pelo vigilante Luciano Vilar em suas redes sociais de que trabalhou por 04 anos como funcionário fantasma da prefeitura de Canapi no alto sertão de Alagoas.
Todavia, apesar da confissão, até então Luciano não tinha presentado nenhuma prova de que recebia da prefeitura, porém, a intimação pelo Ministério Público para que o vigilante prestasse depoimento pela participação no esquema denunciado pelo SINDSCAN - Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Canapi, que inclusive apresentou as planilhas onde consta o nome de todos os servidores supostamente fantasmas, entre eles, o de Luciano Vilar, não deixou dúvidas quanto a veracidade da denúncia que está sobre a mesa do Promotor Paulo Zacarias da Comarca de Mata Grande.
O recebimento dos valores confessados pelo vigilante que é natural do município de Canapi, mas que reside e trabalha em São Paulo, se refere a todo o período do 2° mandato do ex-prefeito Vinícius Lima entre 2020 e 2024, muito embora em outro vídeo Luciano Vilar afirma ter começado no esquema em 2019, ou seja, ano final do 1° mandato do ex-prefeito, o que daria cinco anos ao invés de quatro recebendo sem trabalhar. E o pior! Na folha da Educação.
Agora, se a participação do vigilante como servidor fantasma já não era novidade pra ninguém, a confissão foi o fato novo a ganhar destaque, afinal de contas, trata-se da confissão de um crime. Crime esse, que acreditava-se, pelo menos até a divulgação desta reportagem, que não teve continuidade na atual gestão, e esse é o fato novo, uma vez que tivemos acesso com exclusividade a comprovação de que em Janeiro deste ano, mais especificamente no dia 23/01/2025, a Prefeitura Municipal de Canapi, efetuou o pagamento de R$: 1.411,80 na conta de Luciano Vilar mesmo estando ele trabalhando em São Paulo na condição de vigilante noturno.
Agora pasmem! Se antes Luciano Vilar era funcionário fantasma da educação, na atual gestão ele passou a ser fantasma da saúde, uma vez que pagamento recebido pelo vigilante, saiu dos cofres do Fundo Municipal de Saúde, conforme comprovação anexa a esta reportagem.
O que diz a prefeitura
Nossa equipe de redação tentou contato com a Assessoria de Comunicação da prefeitura para se pronunciar sobre o caso, mas o telefone estava indisponível. Além disso, desde a semana passada quando estourou a confissão feita pelo servidor fantasma, a atual gestão municipal vem ignorando o assunto, afinal de contas, até aquele momento o caso envolvia a gestão passada. Todavia, agora com a aparição do comprovante de transferência, fica comprovado que o esquema continuou com a atual gestão.
Por Portal Editora Guia Mais