28/06/2013

Servidores da educação de Pariconha cobram reajuste e prefeito diz que não pode conceder.

Gestor alega que município não tem condições financeiras para honrar o melhoramento salarial.
 
AlagoasnumclickHá quase quatro meses, os servidores da rede de ensino de Pariconha reivindicam reajustamento salarial, mas o prefeito alega que o município não tem condições financeiras para atender à categoria.

Conforme os profissionais, o aumento teria que ter sido concedido em março deste ano, mas o prefeito havia alegado que ainda estava organizando as finanças do município e que precisava de mais uns meses para atender à solicitação da classe trabalhista.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Alagoas (Sinteal) entendeu a situação alegada pelo gestor e deixou acordado com ele que a reivindicação seria atendida em maio deste ano, o que não aconteceu.

A categoria voltou a cobrar o reajuste salarial, mas deste vez o prefeito se negou a conceder. Diante da situação, o núcleo regional do Sinteal realizou uma reunião e decidiu pela paralisação das atividades.

Na última sexta-feira (21) os servidores realizaram um ato público em frente à prefeitura para tentar sensibilizar o chefe do executivo, mas outra vez foram ignorados.

O prefeito Fabiano Ribeiro, mais conhecido como Doutor Fabiano, disse na manhã desta quarta-feira (26), em uma rádio da cidade de Delmiro Gouveia, que a categoria já retornou às atividades para fechar o semestre, afim de entrar em recesso conforme programado no calendário letivo.

O gestor alega que nunca se negou a conversar com classe trabalhista, inclusive teria participado de quatro reuniões onde havia explicado que o problema dele ter se negado a atender à reivindicação não era o reajuste, mas a situação financeira em que o município se encontra. Doutor Fabiano explica que sua decisão é uma medida preventiva para não causar um caos financeiro nas outras áreas administrativas.

O prefeito não assegurou uma data para que pudesse conceder o melhoramento salarial, mas adiantou que o município vai está realizando estudos na área com o intuito de identificar uma disponibilidade financeira suficiente para atender à categoria. Ribeiro acredita que isto seja possível apenas em setembro deste ano.

Um dos representes do Sinteal no município esclareceu para nossa reportagem que a decisão de interromper a paralisação foi para não prejudicar os alunos no ano letivo e nem os servidores, principalmente os professores no cumprimento de suas cargas horárias em sala de aula.

O sindicalista explica que as reivindicações continuam e que a classe trabalhista pode propor uma nova greve para depois do recesso escolar, inclusive no próximo domingo (30) vai ser realizado outro ato público para cobrar o reajuste.

Nossa reportagem apurou que o diretório regional do Sinteal pretende ingressar na Justiça com a solicitação de um Mandado de Segurança para que o município cumpra a obrigação de conceder o reajuste garantido em Lei.