09/06/2013

Alagoas é terceiro estado que menos procura por seguro DPVAT, diz Detran

Só 5% das famílias de mortos em acidentes pediram indenização em 2012.

Estado fica atrás apenas de Roraima (3%) e Amapá (4%).


O comerciante estava voltando do trabalho quando o acidente aconteceu (Foto: Jonathan Lins/G1)Vítimas de acidente e atropelamento devem procurar

o detran para requerer o seguro DPVAT.
(Foto: Jonathan Lins/G1)
 
Alagoas é o terceiro estado brasileiro que menos procura por indenizações para casos de morte no trânsito através do Seguro de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de vias Terrestres, o seguro DPVAT. Em 2012, a procura foi de 5%, atrás apenas de Roraima (3%) e Amapá (4%), segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL).

No mesmo ano, o Detran registrou 222 atropelamentos, sendo que em 98% dos casos houve alguma vítima. No total, 6.944 acidentes de trânsito foram registrados no estado em 2012.
Para garantir que as vítimas destes acidentes ou os parentes delas, em caso de morte, recebam algum tipo de auxílio financeiro, foi criado o seguro DPVAT. Contudo, mesmo sendo de grande ajuda, muita gente ainda não sabe como requerê-lo.

Era o caso do estudante Claudio Moneiro, 23, quando se acidentou. Ele conta que saía de uma festa, há dois anos, quando foi atropelado por um carro ao atravessar uma rua. Com o impacto, teve a perna quebrada. “Eu só fui saber do tal seguro quando estava no hospital. Eu até comecei a correr atrás, mas já faz um ano e meio e ainda estou resolvendo problemas burocráticos”.

Os problemas a que Moneiro se refere envolvem a documentação necessária para dar entrada no DPVAT. “É necessário que as vítimas nos procurem o mais rápido possível tendo em mãos o boletim de ocorrência, além dos comprovantes de gastos com despesas médicas, receituários e prescrições médicas.

Desde 2003, o prazo máximo para se requerer o seguro é de três anos. Somente danos pessoais estão cobertos”, de acordo com a gerente do Serviço Social do Detran/AL, Sandra Mendes.

A indenização deve ser custeada pelo condutor do veículo que provocou o acidente, e por isso é importante identificá-lo. Os valores variam entre R$ 13.500 nos casos de morte ou invalidez, e R$ 2.700 para o reembolso de despesas médicas.

Sandra ainda explica que condutores, passageiros ou pedestres podem requerer este seguro. “Na sede do Detran, nós realizamos um trabalho de informação dessas pessoas, esclarecendo todas as dúvidas e dando orientações importantes. Mas para isso, precisamos que as pessoas nos procurem”.

Como fez a família da estudante de jornalismo Radyane Araújo. Ela conta que seu tio, Renilton de Araújo, morreu após ser atropelado por um carro na BR-101, no município de Joaquim Gomes, há quatro anos. “A família do meu tio conseguiu receber R$ 3 mil do seguro. Demorou uns três meses, porque tínhamos que resolver a documentação e identificar o motorista responsável pelo acidente para poder dar entrada”.

A gerente de Serviço Social do Detran/AL explica em que situação o seguro é oferecido. “O DPVAT é destinado para indenizar as vítimas de acidentes de trânsito em caso de morte, invalidez permanente ou para arcar com os gastos de despesas médicas”, esclarece Sandra.
Dados da seguradora responsável pela administração do DPVAT apontam que, entre janeiro e março deste ano, 124.846 pessoas em todo o país procuraram a indenização do DPVAT. Esse número representa um aumento em relação ao mesmo período de 2012, quando 97.542 vítimas de acidente fizeram o mesmo.

Do G1 AL